Nesta quarta-feira (23/4), o primeiro grupo de alunos do Internato em Saúde Coletiva do curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão concluiu as atividades imersivas feitas durante três dias no Núcleo de Telessaúde-UFMA (NTS-UFMA).
A ação é fruto de uma articulação feita entre o Departamento de Saúde Pública e o núcleo, que ofertou aos alunos oportunidades práticas para desenvolver o pensar epidemiológico e competências digitais necessárias para os profissionais do SUS.
Os estudantes puderam vivenciar experiências enriquecedoras nas principais atividades do NTS-UFMA: teleconsultoria. Teleducação, telediagnóstico, telerregulação e teleinterconsultas.
Segundo a Prof. Dra. Teresa Seabra, Chefe do Departamento de Saúde Pública da UFMA, o retorno do Internato em Saúde Pública provocou uma grande reflexão sobre o papel da saúde coletiva na formação dos médicos e buscou atualizar as demandas da formação médica com as tecnologias digitais.
“Essa iniciativa englobou tanto o uso da IA na área acadêmica quanto o telediagnóstico e, especialmente, a telerregulação estratégica necessária para a prática médica na APS em municípios de alta vulnerabilidade social”.
Para Gyovanna de Sousa, Coordenadora de Telerregulação do NTS-UFMA, o internato proporcionou momentos valiosos e dinâmicos de troca de conhecimentos práticos e teóricos.
“Nós precisávamos ter esse espaço para preparar melhor os profissionais. Compartilhamos conceitos de Saúde Digital e fizemos uma prática onde eles acessaram a plataforma SOFIA e puderam simular uma teleconsultoria. Os alunos conseguiram desempenhar bem todas as funções do sistema, o que mostra que estamos no caminho certo. É muito gratificante ver essa mudança acontecendo dentro da universidade”.
Na parte do telediagnóstico, o Coordenador Breno Lucas expressou como a demonstração prática do exame de teleretinografia foi proveitosa. “A gente demonstrou o que é o telediagnóstico e colocamos os alunos para realizar o exame como treinamento. Eles se mostraram muito interessados em aprender e em ver como é feito o manuseio do equipamento”.
Para Tiago Rosa, aluno do Internato em Saúde Coletiva, a passagem da turma pelo Núcleo de Telessaúde da UFMA foi uma experiência enriquecedora. “No geral, foi uma experiência muito positiva que com certeza agregou muito a minha formação e a dos meus colegas. Projetos como esse são fundamentais para preparar melhor os futuros médicos e fortalecer o SUS com inovação e eficiência”.
Um ponto destacado por Tiago Rosa foi o Consultório Virtual desenvolvido pelo núcleo. “É um software muito bem desenvolvido e facilita bastante o atendimento remoto e a comunicação entre profissionais e usuários. Tem grande potencial de otimizar o trabalho na saúde pública”.
Os alunos também puderam participar de forma ativa da SOFIA, assumindo papéis de solicitante, telerregulador e especialista. “Foi uma excelente oportunidade para entender, na prática, como a tecnologia pode ampliar o acesso ao diagnóstico especialmente na Atenção Básica. Essa dinâmica contribuiu bastante para compreendermos o funcionamento do suporte remoto aos médicos da linha de frente”.
A imersão dos estudantes de Medicina foi essencial para introduzi-los ao funcionamento de um Núcleo de Telessaúde e às inúmeras ações e atividades voltadas ao fortalecimento da saúde pública por meio de tecnologias digitais.
Redação: Maria Seabra
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